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Os desafetos da primavera árabe

Rasheed Abou-Alsamh
By:
Rasheed Abou-Alsamh
May 5, 2013
March 16, 2022
Libios fazem demostracao em Tripoli contra o cerco aos ministerios pelas milicias no dia 02 de maio, 2013. (Foto cortesia do Libya Herald)
Os desafetos da primavera árabe
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Os desafetos da primavera árabe

Libios fazem demostracao em Tripoli contra o cerco aos ministerios pelas milicias no dia 02 de maio, 2013. (Foto cortesia do Libya Herald)

Mesmo vendo o caos em que o Egito está mergulhando, Morsi e a Irmandande Muçulmana insistem a se agarrar ao poder

ARTIGO - RASHEED ABOU-ALSAMH

Da Líbia ao Egito, e da Síria até o Iraque, os desafetos das revoluções da primavera árabe são muitos. Em Trípoli, nas últimas duas semanas, varias milícias tem cercado o ministério das relações estrangeiras e o Parlamento para se queixar de não terem recebido dinheiro que tinha sido prometido a eles, e dos remanentes do regime do Muammar Kadaffi.

Um ano e sete meses depois que Kadaffi foi morto em Sirte, no dia 20 de outubro de 2011, o governo central da Líbia continua extremamente frágil e sem muita força. Benghazi continua sobre controle de varias milícias, que são muito mais pesadamente armados do que a polícia, e por isso a polícia teme confrontar eles. E mais, os habitantes de Benghazi se sentem abandonados pelo governo central em Trípoli, se queixando de serviços municipais precários e uma falta de investimento do lucro da venda do petróleo na cidade. "Aonde esta todo o dinheiro do petróleo?" perguntou uma professora ao diário Times of Malta. "Porque eles não estão gastando ele para nos ajudar? Esses políticos ficam nos hotéis deles em Trípoli, e nos esqueceram," ela acrescentou.

O problema dos remanentes do regime de Kadaffi continuarem no atual governo da Líbia étípico do momento pós-revolucionário em vários países árabes. O Egito enfrenta o mesmo problema. Depois de décadas de ditadura, não é fácil se livrar, e nem é recomendável, de todos os funcionários públicos que devem seus cargos aos regimes de Kadaffi ou de Hosni Mubarak. Muitos deles têm anos de experiência e um acúmulo de conhecimentos que não deve ser jogado fora. Na Líbia o governo central já constitui um comitê para fazer uma analise critica de todos os funcionários de alto escalão do regime Kadaffi para decidir quem fica e quem vai ser demitido. As milícias deviriam deixar o comitê fazer seu trabalho, sem ter que aguentar esses atos de intimidação.

No Egito a governança do presidente Mohammed Morsi tem sido um desastre, com confrontos violentos nas ruas de Cairo quase diárias entre forças da oposição e da Irmandade Muçulmana. O Egito continua sem um Parlamento desde junho de 2012, quando ele foi dissolvido pela Corte Constitucional por alegado erros no processo eleitoral. Eleições parlamentares que deveriam ter começado no mês passado, agora foram adiadas atéoutubro, que talvez seja uma boa noticia para a oposição ter mais tempo de se organizar.

Tem sido impressionante o quanto o Morsi e seus apoiadores na Irmandade tem sido inflexíveis com a oposição e obstinados em não incluir qualquer força da oposição politica na cúpula ministerial do governo. Mesmo vendo o caos em que o país esta mergulhando, Morsi e seus aliados insistem a agarrar-se no poder. Eu espero que essa lição de má governança não seja perdida pelos eleitores em outubro.

Na Síria nos estamos vendo a lentidão dos EUA tomar uma posição forte frente à matança escandalosa dos dois lados na guerra civil lá, que já viu mais de 70.000 mortos em dois anos. O presidente Barack Obama esta tendo que engolir suas próprias palavras agora que evidencia acreditável do uso de armamentos químicos na Síria viram a tona. O que o Obama esta querendo evitar é entrar num conflito usando inteligência defeituosa, como o ex-presidente George W. Bush usou para justificar a invasão do Iraque em 2003. Por isso ele esta analisando toda a inteligência sobre o uso de gás biológico na Síria. Eu ainda acho que os EUA com a Franca e a Grã Bretanha poderiam já ter imposto uma zona de exclusão área sobre partes da Síria, e dado armamentos pesados para os rebeldes há muito tempo atrás.

No Iraque, os minoritários sunitas estão inquietos com o abandono que eles sentem do governo central em Bagdá do primeiro ministro Nouri al-Maliki. Isso tem levado a uma serie de atentados terroristas contra alvos xiitas em varias partes do país. O Maliki tem tentado aplacar a população sunita dando alguns empregos para eles no governo, mas isto tem sido muito pouco para satisfazer as reivindicações sunitas. Ele deveria se esforçar mais, mas depois de décadas sendo oprimidos pelo Saddam Hussein, que era sunita, não é uma surpresa que os iraquianos xiitas estão tirando um pouco de vingança da situação. O Maliki faria bem de usar uma mão mais leve nesses conflitos, e tentar chegar a uma acomodação justa com os sunitas.

Meu desejo de que os dois suspeitos das bombas na Maratona de Boston não fossem muçulmanos, não foi realizado. Infelizmente, Tamerlan e Dzhokhar Tsarnaev são muçulmanos de origem chechena.

Uma informação interessante surgiu no dia 1 de maio, publicado pelo jornal britânico The Daily Mail: O governo saudita teria mandado uma carta em 2012 para os governos do EUA, Grã Bretanha e Franca, alertando eles ao perigo de Tamerlan. Na carta os sauditas disseram que tinham negado um visto para o jovem em dezembro 2011 para fazer o umrah (pequena peregrinação) em Meca, porque eles temiam suas tendências radicais.

Oficiais americanos negaram ao Daily Mail que receberam a carta saudita, e a embaixada saudita em Washington também negou que qualquer carta foi envidada, talvez para não constranger o governo americano.

O triste aqui é que depois dos atentados de 11 de setembro, os EUA erguerem uma enorme burocracia de segurança para tentar evitar outro ataque semelhante em solo americano. O problema com isso, é que mesmo com os rios de informações interceptadas da internet e conversas telefônicas, às vezes não se nota uma informação importantíssima, mesmo quando os sauditas os mandem para vocês numa carta. É irônico, mas triste também.

Rasheed Abou-Alsamh é jornalista

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